Observação solar

A imagem mostra David Lunt no ano de 2001, em frente ao seu escritório em Tucson, Arizona. Em Sky & Telescope, é possível encontrar um obituário com uma breve biografia de David Lunt.

Os seus telescópios H-Alfa revolucionaram a observação do sol, uma vez que foram os primeiros instrumentos acessíveis dentro deste género. O H em H-Alfa refere-se a hidrogénio (Hydrogen). Os físicos utilizam o termo H-Alfa para descrever uma irradiação de luz muito específica emitida pelos átomos de hidrogénio do sol. O comprimento de onda desta luz é de 656 nanómetros, ou seja, está na região espetral vermelha.

Perante a radiação H-Alfa, fica visível uma camada da atmosfera solar, que se encontra acima da fotosfera. Esta é denominada de cromosfera, pois durante um eclipse solar total aparece como orla vermelha, colorida.

A fotosfera constitui a fonte de toda a luz visível do sol e pode ser observada com telescópios com filtros de luz branca clássicos. Também os famosos óculos de eclipse solar mostram a fotosfera.

Dependendo da atividade solar, enquanto a fotosfera mostra relativamente muitas manchas, existe sempre algo a acontecer na cromosfera acima: As protuberâncias, muito maiores que a nossa terra, são visíveis junto ao bordo do sol. Como filamentos escuros, as protuberâncias movem-se através do disco solar. Os flares luminosos são explosões de radiação violentas que acompanham as manchas escuras do sol. Este cenário muda de dia para dia, mesmo no espaço de poucas horas. Esta é mais uma razão pelo fascínio relativamente à observação do sol em H-Alfa.